De acordo com um estudo produzido pelo periódico Alzheimer Disease International, até 2050 o número de pessoas portadoras da doença de Alzheimer deve triplicar. Hoje, esse distúrbio já é uma condição que coloca milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade. Por isso, é imprescindível discutir os cuidados paliativos.

Os distúrbios neurocognitivos, também chamados de demências, são um grupo de sintomas que afetam o funcionamento do corpo, interferindo no cotidiano dos pacientes. O Alzheimer é a forma mais comum deste distúrbio, sendo responsável por cerca de 70% dos diagnósticos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os principais sintomas são a perda de memória, dificuldade em se comunicar, oscilações abruptas de humor e mudança de personalidade. Com isso, a qualidade de vida dos portadores depende, quase que exclusivamente, dos cuidados aos quais são submetidos.

Na fase mais avançada da doença, os cuidados paliativos exercem um papel fundamental para o bem-estar tanto dos pacientes como dos cuidadores e familiares. Acompanhe a leitura e confira algumas dicas importantes de cuidados para o paciente de Alzheimer.

Ações paliativas para o bem-estar do paciente de Alzheimer

Bem, as ações paliativas são executadas para garantir conforto às pessoas com doenças terminais, como o Alzheimer e o câncer, por exemplo. Ao contrário do que muitos pensam, esses cuidados desempenham um papel fundamental na rotina desses pacientes em qualquer fase da doença.

Cuidados paliativos, geralmente, são desempenhados por uma equipe multidisciplinar que busca tratar precocemente de qualquer sintoma que o paciente apresentar. Assim, o ideal é contar com profissionais da enfermagem, fisioterapia, psicologia e nutrição. Desse modo, é possível oferecer conforto e bem-estar desde o diagnóstico até o fim da vida. Hoje, as pessoas podem contar com esse atendimento multidisciplinar por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, os cuidados paliativos compreendem algumas ações que você pode fazer, facilmente, de casa. Acompanhe a leitura e confira.

Exercícios físicos

Segundo estudo desenvolvido na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), os exercícios físicos são capazes de desacelerar a progressão da doença. De acordo com a pesquisa, quando o corpo é exercitado, o tecido muscular libera maiores quantidades do hormônio irisina. Diversos testes realizados apontam que a irisina evita que toxinas responsáveis pela neurodegeneração se liguem aos neurônios, o que preserva as sinapses. Além disso, o hormônio ainda estimula alterações químicas que preservam a capacidade do cérebro de armazenar informações. Logo, os exercícios físicos também detêm a perda de memória associada ao Alzheimer.

Por isso, é essencial contar com um profissional da fisioterapia ou conversar com o médico do paciente para saber quais exercícios são adequados para o quadro dele. Atividades físicas ainda ajudam a melhorar a circulação sanguínea e evita o comprometimento das articulações.

Alimentação e Hidratação

A progressão da doença, geralmente, vem acompanhada de perda de apetite e dificuldades na ingestão de alimentos. Por isso, manter a nutrição e a hidratação são duas grandes dificuldades dos cuidadores de pacientes com Alzheimer.
Embora não tenha resultados conclusivos, alguns estudos indicam que uma alimentação leve pode desacelerar o desenvolvimento da doença. Além disso, uma boa alimentação está diretamente ligada à qualidade de vida de qualquer pessoa – e com os portadores de Alzheimer não é diferente.

Proporcionar bem-estar aos pacientes, portanto, é fundamental para evitar o agravamento dos sintomas. Assim, contar com um profissional da nutrição é imprescindível, especialmente porque a dieta deve ser considerada caso a caso.

Lazer

A região do cérebro responsável pela leitura está associada a outras áreas comprometidas pelo distúrbio – como da atenção e concentração, da visão, da comunicação e da memória. Desse modo, quanto mais conexões são estabelecidas entre essas regiões do cérebro, mais elas se desenvolvem. A leitura e a escrita são, por isso, práticas importantes no tratamento e cuidado de pacientes com Alzheimer. Entretanto, é preciso salientar que os benefícios só são garantidos quando isso não é uma obrigação. Assim, tente estimular o portador – nos estágios iniciais da doença – a desenvolver o hábito da leitura. Infelizmente, com o passar do tempo isso se torna praticamente impossível. No entanto, é possível agregar leitura de imagens – com jogos, como o jogo de memória – e a prática de colorir ou pintar, de forma livre, substituem a leitura e a escrita.

A música também tem sido utilizada como uma estratégia terapêutica para garantir bem-estar ao paciente e facilitar os cuidados. Isso ocorre porque a música é capaz de ativar diferentes regiões do cérebro, como o hipotálamo – que regula a temperatura e o apetite – e o hipocampo – associado à memória.

Banho quente

Os portadores de Alzheimer são suscetíveis a desenvolver diversas complicações de saúde – como problemas circulatórios, respiratórios e psicológicos. Nesse sentido, o banho quente é ótimo para aliviar alguns desses problemas. O banho no leito com o Kit Confort Banho, por exemplo, pode beneficiar os pacientes acamados visto que a água, em temperaturas mais altas, promove o relaxamento dos músculos e, consequentemente, o descanso do corpo.

Pacientes com Alzheimer, em geral, apresentam certa dificuldade em descansar e dormir, muitas vezes por conta da insônia – um sintoma da depressão. Nesse sentido, um estudo da Universidade de Freiburg indica que o aquecimento do corpo ajuda na restauração do ritmo circadiano, ou seja, do período de 24 horas no qual o ciclo biológico se baseia. Com isso, o organismo sente diversos benefícios, como a melhora no funcionamento de alguns órgãos e o aumento moderado do humor.

Gostaram das dicas? Esses cuidados e muito carinho são fundamentais para garantir o bem-estar dos pacientes de Alzheimer. Acompanhe nosso blog e siga nosso Instagram (@_confortbanho) e Facebook para conferir outros conteúdos.