Nenhum conhecimento é estático, estando todos em constante evolução. Além das pesquisas e da aplicação tecnológica, a medicina vem buscando métodos alternativos para tornar o atendimento mais humanizado. Neste sentido, o Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP) vem se destacando entre os profissionais da saúde.
Introduzida pelo médico e psicanalista húngaro Michael Balint ainda na década de 70, o conceito da “medicina centrada no paciente” aos poucos evoluiu para sua definição atual. A metodologia é caracterizada pelo reconhecimento da subjetividade do paciente antes de qualquer ação.
Esse modelo envolve uma série de princípios e estimula o estreitamento da relação do profissional com cada um de seus pacientes. Com o estabelecimento de uma conexão maior durante os atendimentos, o MCCP garante uma série de benefícios a todos os envolvidos nos cuidados.
Acompanhe a leitura e confira as principais vantagens da adoção do MCCP.
Benefícios do MCCP
Quando uma pessoa adoece, diversos fatores influenciam a resposta em relação à doença em si e ao tratamento. Assim, conhecer os hábitos de vida, o histórico de saúde e o contexto familiar, por exemplo, é fundamental para uma recepção positiva do cuidado.
Isso ocorre porque os profissionais conseguem acolher cada paciente da maneira mais adequada, focada na totalidade do ser. Essa centralização do atendimento na pessoa também envolve a tomada de decisões junto ao paciente, o que exige o aprimoramento da comunicação.
Com isso, o MCCP gera uma série de benefícios:
- melhora na adesão aos tratamentos;
- redução de preocupações, medo e ansiedade;
- evita o agravamento dos sintomas por fatores exógenos;
- diminuição do uso de serviços de saúde;
- redução das queixas em relação ao tratamento ou à progressão dos resultados;
- melhora na saúde mental;
- otimização dos recursos médicos;
- diminuição do desgaste e aumento da satisfação dos profissionais e dos pacientes.
Ao contrário do MCCP, tradicionalmente, as consultas com profissionais da saúde são resumidas em tratar dos sintomas, conforme os padrões de cada doença. Assim, as pesquisas clínicas são carentes de informações, de modo que a experiência do adoecimento, com todas as subjetividades envolvidas, são negligenciadas.
Com isso, uma vez que o profissional não dispõe de informações sobre a pessoa, ele gasta mais tempo realizando a análise da saúde do paciente. Desse modo, muitas vezes, são solicitados diversos exames sem necessidade e prescritos medicamentos ineficientes. Nesses casos, a aproximação com a experiência do paciente evitaria isso.
Agora que você conhece os benefícios do MCCP, confira os principais pontos para a adesão ao método e como eles contribuem para um tratamento mais eficaz.
Como aderir ao MCCP?
Bem, como você viu, o Método Clínico Centrado na Pessoa é caracterizado pela mudança de foco no atendimento, colocando o paciente no centro da relação com o profissional. Desse modo, é possível atender às demandas de cada indivíduo de forma mais eficiente, para além dos sintomas que o levaram ao consultório médico.
Para isso, é necessário seguir alguns pontos. Confira a seguir.
- Escuta ativa: os profissionais devem escutar os pacientes com sensibilidade e foco, respeitando os pontos de vistas e preocupações, analisando o real entendimento do indivíduo quanto à sua condição.
- Respeito: os valores, as demandas emocionais, psicológicas e as preferências dos pacientes devem ser respeitados e considerados na hora de elaborar o plano de tratamento.
- Comunicação clara: em todas as etapas, o paciente deve ser informado de cada cuidado, incluindo os resultados esperados e os efeitos colaterais de cada medicamento e ação.
- Decisão compartilhada: o paciente também deve ser incluído na tomada de decisão, de modo a ter mais controle sobre a própria saúde e depender menos dos serviços médicos.
Com essa mudança de metodologia, os pacientes e os profissionais de saúde garantem mais eficiência, agilidade e satisfação durante os tratamentos. Gostou do conteúdo? Acompanhe nosso blog e siga nosso Instagram (@_confortbanho) e Facebook para conferir mais.
